13 de outubro de 2024

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Alunas de duas Fatecs de SP vencem Olimpíada de Empreendedorismo

Ana Cristina, Caroline e Beatriz, da Fatec Sebrae, localizada na Capital; Yasmin, Rafaela e Beatriz, da Fatec Indaiatuba

Alunas das Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) Sebrae, da Capital, e de Indaiatuba foram premiadas na 10ª edição da Olimpíada de Empreendedorismo Universitário (OEU), organizada pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

Ana Cristina da Cruz Ferreira, Beatriz Cristina Passos de Siqueira Correia e Caroline Gonçalves Santos, alunas do curso de Gestão de Negócios e Inovação da Fatec Sebrae, conquistaram o primeiro prêmio e receberam R$ 7 mil pelo projeto AnaIná Moda Sustentável. Com o objetivo de trazer um novo enfoque para a moda, tornando-a sustentável em todas as etapas, a AnaIná trabalha roupas e acessórios criados a partir de resíduos da indústria têxtil.

A partir daí começa o que Ana Cristina chama de revolução. “A ideia é desenvolver um método que possa ser replicado de forma a propiciar às mulheres negras da periferia a sua própria produção, usando o nome da marca e detendo integralmente o lucro”, explica a estudante.

“Além de criar uma marca, essas empreendedoras estão moldando uma narrativa que, sem dúvida, conquistará o mercado. Estamos testemunhando não apenas o nascimento de um negócio, mas o início de uma jornada inspiradora, especialmente nas questões ambientais e sociais”, elogia o orientador do grupo, Sidioney Onézio Silveira.

Impacto social

De acordo com os alunos, a AnaIná tem tido boa receptividade em feiras e eventos, mas concentra no Instagram @anainamodasustentavel o maior número de vendas. Pensando no potencial social da marca, para Ana Cristina, isso é só o começo. “Somos de Cidade Tiradentes, do extremo leste de São Paulo. É daqui que estão saindo coisas boas e bonitas, feitas por mulheres negras; aqui estamos criando prosperidade”.

O foco no meio ambiente e nas mudanças sociais deu a vitória às estudantes na categoria Negócio de Impacto Socioambiental, para empresas capazes de gerar impacto socioambiental e geração sustentável de resultado financeiro positivo.

Soluções para deficientes visuais

Na categoria Negócio Inovador, as alunas Beatriz Vandsbergs Sgobi, Rafaela Yamamoto e Yasmin de Araújo, do curso de Comércio Exterior, da Fatec Indaiatuba, conquistaram o segundo lugar na OEU. O projeto proposto pelas estudantes, batizado de VIDA – Vital Intelligence for Deficients and Aged (Inteligência para deficientes e idosos) se concentra especialmente na procura de tecnologias que promovam autonomia às pessoas com deficiência visual.

Orientadas pela professora Barbara Regina Lopes Costa, as estudantes desenvolveram a proposta na disciplina de Projeto em Comércio Exterior II – laboratório de Inovação. Beatriz conta que a ideia surgiu quando costumava se deparar com um senhor com deficiência visual durante seu deslocamento de Salto, onde reside, para Indaiatuba. “Enquanto esperava o ônibus ao seu lado, eu percebia a incerteza dele quanto ao veículo em que estava prestes a embarcar. Ele dependia da assistência de outras pessoas para subir no ônibus, atravessar a rodoviária de Indaiatuba e realizar outras atividades cotidianas”, conta a estudante.

“Eu conhecia o potencial do grupo e do trabalho, mas, por ser a nossa primeira participação na olimipíada, não sabia o que esperar. Quando o resultado saiu, tremi de emoção”, lembra a orientadora. “Estar no ranking ao lado de instituições que já têm know-how (saber-fazer) é muito motivador”.

Em busca de patrocínio

Quando a equipe chegou à Olimpíada, o projeto VIDA já estava bem desenhado: uma bengala que funciona à bateria e oferece uma série de facilitadores: de botão de emergência e carregamento por indução a sensores que auxiliam a caminhada e regulagem de altura. Com tantos benefícios, o resultado é financeiramente mais acessível do que a concorrente importada disponível no mercado.

“Agora, alimentamos a expectativa de que nosso projeto seja reconhecido e receba investimentos, representando uma significativa melhoria na vida das pessoas com deficiência visual. Pretendemos buscar patrocínios e apoio governamental para tornar a ideia uma realidade. Estamos determinados a fazer a diferença e contribuir para um futuro mais inclusivo e acessível”, revela Yasmin

“Concorremos com apenas um projeto. Em 2024, quero inscrever muitos outros”, avisa a professora. À equipe da Fatec Indaiatuba também coube um valor em dinheiro de 5 mil reais.

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