14 de outubro de 2024

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cursos com demandas no mercado de trabalho serão ofertados a custodiados e egressos – Portal do Governo de Mato Grosso do Sul

Parceria entre a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e a Funtrab (Fundação do Trabalho) vai levar ações do Programa “MS Qualifica” para dentro das unidades prisionais e para aqueles que concluíram suas penas e buscam oportunidades no mercado de trabalho. As ofertas também serão destinadas aos familiares.

O Programa MS Qualifica é desenvolvido pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) com objetivo contribuir com os trabalhadores para obtenção de melhores empregos, para criar novas oportunidades e aumentar a renda dos profissionais, promovendo assim a inclusão social e combate à discriminação e diminuição da vulnerabilidade.

As capacitações são ministradas atualmente em convênio com o Sistema S (Sebrae, Senar, Senac e Senai), com mais de 850 opções de cursos oferecidos, envolvendo desde workshops de 8 horas/aula a cursos completos de 160 horas. São voltadas ao mercado de trabalho, visando à empregabilidade, por isso têm como foco áreas com grandes demandas por profissionais no estado. A meta do Governo é qualificar 13 mil pessoas até 2025 por meio do programa.

A parceria, além de possibilitar a qualificação, também contribuirá para inclusão profissional, segundo a diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves. “O principal é este link de qualificar e já poder encaminhar para o mercado esse egresso e o pré-egresso, ou mesmo, quem está nas unidades quando saírem já com possibilidade de emprego, pois a rede terá conhecimento que tem a capacitação para a vaga ofertada”, destacou.

O estado possui na atualidade, semanalmente, em torno de duas mil vagas abertas de trabalho que não estão sendo ocupadas pela população em geral, segundo informou o supervisor do MS Qualifica na Funtrab, professor Rony Oliveira, durante as tratativas com a agência penitenciária.

A parceria com o sistema prisional, na avaliação de Oliveira, além de auxiliar no processo de ressocialização, será uma forma de ajudar a preencher vagas profissionais em aberto, contribuindo para as empresas e para a economia do estado.

“Hoje temos cursos voltados para todas as áreas: industrial, comércio, empreendedorismo, prestação de serviço, agronegócio, então, em todas as áreas nós temos hoje uma gama enorme”, ressalta, explicando que são promovidos conforme as demandas que surgem.

Além das qualificações profissionais que serão disponibilizadas nos estabelecimentos penais, serão ofertadas também às pessoas que deixaram a prisão recentemente, os chamados egressos. Nesses casos, os cursos deverão ser oferecidos nas unidades do sistema S.

“Estudos nacionais mais recentes apontam que a qualificação profissional agrega muita contratação efetiva e também no valor do salário do profissional e, trazendo isso para dentro do sistema prisional, a gente proporciona para essas pessoas já saiam com uma condição de voltar ao mercado de trabalho e não só após a saída ele vá se preparar”, enfatizou.

As equipes das 34 Casas dos Trabalhador espalhadas no estado fazem um levantamento quanto à necessidade do mercado, identificando qual a qualificação que precisa. Feito isso, ofertam os cursos de qualificação, destinando os alunos às empresas com vagas em aberto, sendo acordado que as pessoas qualificadas serão empregadas após a conclusão do curso.

A Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen está realizando uma análise sobre os cursos ofertados no MS Qualifica, bem como as demandas apresentadas pelas unidades prisionais, patronatos penitenciários e o Escritório Social, em conformidade com a realidade de cada local. Entre as já identificadas está a realização de um curso de corte e costura para ser ofertado na Penitenciária Estadual de Dourados.

Também participaram das discussões a a coordenadora do escritório Social, Tânia Harden; chefe da Divisão de Trabalho, Elaine Alencar; a chefe da  Divisão de Educação, Rita de Cássia Fonseca, e a policial penal Caroline Lucas Ferrarezi Miguel, representando a Divisão de Promoção Social.

Comunicação Agepen

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