Hospital Municipal faz campanha de prevenção a lesões de pele
Sheila Faria
Secretaria de Saúde
O Hospital Municipal realizou na quinta-feira (16) uma campanha em todos os setores para chamar a atenção das equipes de enfermagem sobre o risco de lesões aos pacientes acamados.
A campanha Não às Lesões por Pressão é feita pelo Gaip (Grupo de Assistência Integralizada à Pele), sempre em novembro. A equipe enfeitou os corredores do HM com bexigas e cartazes sobre a importância do tema e mobilizou os profissionais.
Lesões por pressão são feridas na pele que podem aparecer em pacientes que ficam longo tempo acamados ou têm pouca mobilidade. A meta é agir na prevenção, para evitar que elas apareçam.
“É uma forma de colocar o tema em evidência sempre na terceira quinta-feira de novembro, considerado o dia mundial de ações para prevenção”, disse Marco Paulo Costa Neves, enfermeiro especializado em estomaterapia, que cuida de lesões e feridas crônicas.
A proposta foi envolver os profissionais com brincadeiras, como o jogo dos erros e jogo da memória e desafios sobre os procedimentos corretos de prevenção.
Fazem parte da prevenção, entre outras coisas, verificar se a pele do paciente foi hidratada com creme e não com óleo, se ele está úmido por uso de fraldas, se está sendo reposicionado de tempos em tempos no leito e se há necessidade de uso do colchão pneumático, que alterna a pressão no corpo do paciente.
As brincadeiras também fizeram as equipes lembrarem da escala Braden, técnica que auxilia a enfermagem a avaliar o grau de risco do paciente desenvolver lesões na pele.
Todos os dias a enfermagem anota informações do paciente nessa escala. A cada dia vão sendo feitas marcações dos itens que devem ser observados para a prevenção. Quanto mais tempo acamado, maior o risco.
Resultados
No Hospital Municipal, mantido pela Prefeitura de São José dos Campos e gerenciado pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), o cuidado com a prevenção traz resultados positivos.
A taxa que mede a incidência de lesões por pressão em pacientes com risco caiu de 0,38% para 0,20% nos últimos três anos no HM. Em hospitais públicos no Brasil, o índice varia entre 1,2% e 7%.
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